A recuperação de parte da restinga da orla da Praia dos Cavaleiros segue com novas ações. Após a retirada de plantas invasoras pela Secretaria Municipal de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal no dia 05 de setembro, ocorreu a confecção de placas autoexplicativas para identificação das espécies. Já no dia 19 foi realizado o novo plantio, cercamento e instalação das identificações, a cargo de alunos e voluntários do projeto Vivenciar Livre.
A área revegetada mede 120 m² está localizada em frente ao Tênis Clube sede de praia e faz parte do Projeto Ecológico de Longa Duração –Restingas e Lagoas Costeiras do Note Fluminense – PELD-RLac e Projeto Monitoramento e Conservação de Praias Arenosas do Norte Fluminense: uma abordagem multidisciplinar. A fim de proteger as mudas, o local foi cercado, espécies identificadas e foram instaladas placas para conscientização dos frequentadores sobre a importância de sua conservação.
As mudas estão sendo produzidas por Ocimar Ferreira, professor do Instituto Federal Fluminense – Campus Cabo Frio e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação do Nupem e Murilo Minello, professor IFRJ – Instituto Federal do Rio de Janeiro – Campus Arraial do Cabo. É no Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia Ambiental, do IFF, onde a “mágica” acontece. Prof. Ocimar explicou que “podemos multiplicar, em viveiros, os fungos nativos, que vivem no local do plantio, e inoculá-los nas plântulas que serão utilizadas para revegetar áreas impactadas, como as restingas. Depois de rustificadas, elas são transplantadas em sacos biodegradáveis e levadas para o local de recuperação da vegetação nativa. É isso que estamos fazendo aqui nesse espaço experimental no fragmento de restinga da Praia dos Cavaleiros”. Todo este processo pode garantir a durabilidade e sucesso da ação.
O projeto vem motivando os participantes, que esperam que ocorra também em outros locais. Segundo a aluna Luana Rohwedder Zuffo, “quando unimos pessoas de diferentes coletivos em um mutirão, o impacto de conservação do meio ambiente local se multiplica. Experiências pessoais são compartilhadas e projetos saem do papel. E o que era pouco se torna muito, com muitas cabeças pensantes e mãos atuantes. ”
Apoio: CNPQ, PELD-RLaC, Faperj