Projeto de extensão do NUPEM/UFRJ conclui com êxito mais uma edição do curso “Experimentação no Ensino de Ciências”, com participação de professores de escolas de diversas partes do país

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O projeto de extensão “O Ensino de Ciências pela prática da Experimentação”, do Instituo de Biodiversidade e Sustentabilidade – NUPEM/UFRJ, realizou entre setembro e outubro, mais uma edição do curso a “Experimentação no Ensino de Ciências”, voltado para formação continuada de professores de escolas das redes públicas de ensino. Realizada de forma remota, esta foi a segunda edição do curso no ano de 2021 e teve a participação de, aproximadamente, 40 cursistas de diferentes estados dentre eles Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Profa. Alana Leticia aplicando atividade experimental desenvolvida no curso, em uma escola de ensino médio em Barreiras/BA.

O curso, que conta com o apoio da PR5- Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ, é organizado e ministrado desde 2017 por professores, técnicos e alunos do NUPEM/UFRJ e é realizado em parceria com o Centro de Formação Professora Carolina Garcia (CFCG), da Secretaria Municipal de Educação de Macaé. A ação tem o objetivo de promover a experimentação como metodologia no ensino de Ciências nas escolas, utilizando opções simples para a realização de atividades práticas com material de baixo custo.

Formadores e cursistas em uma das turmas do curso.

Durante o curso, com carga horária de 30h, foram discutidos, a partir de artigos científicos, temas sobre o ensino de ciências, alfabetização e letramento científico e as diferentes formas de se realizar a experimentação nas escolas, inclusive na forma de ensino remoto. As atividades tiveram como foco a formação continuada de professores para elaboração de roteiros de atividades experimentais e para estimular as habilidades a serem trabalhadas durante a experimentação, relacionando-as com os conteúdos de ciências e contextualizando-as com a realidade quotidiana dos alunos. Como atividade de conclusão, os cursistas foram estimulados a desenvolver e aplicar atividades experimentais em suas escolas e as apresentaram durante o encerramento do curso.

Professoras explicando atividade experimental desenvolvida no curso, e aplicada em uma escola de educação infantil em Macaé.

Para o responsável pelo curso, o professor Petter Entringer, é necessário promovermos o conhecimento e o pensamento científico, e as formas como são construídos, desde o ensino fundamental:

A pandemia de Covid-19 nos mostrou como é importante uma formação científica sólida desde a educação infantil para termos cidadãos críticos e conscientes a respeito de saberes científicos. Estamos convivendo com o negacionismo da ciência e uma série de informações falsas, que afetam a vida cotidiana das pessoas. Uma sociedade com uma formação científica efetiva saberia lidar melhor com esses desafios. Sem dúvidas, essa solidez da ciência envolve a formação dos professores que atuam diretamente nas escolas. Esse curso vem contribuir justamente para essa formação.

O pensamento também é exposto pelos cursistas, como Luciana de Almeida, professora de educação infantil no Rio de Janeiro: “Gostei muito de discutir a importância da experimentação e do letramento científico desde cedo e contribuir com o curso por aplicar a experimentação em uma das minhas turmas. Espero que esse curso continue trazendo muitos outros professores e os faça refletir sobre o ensino e como experimentar deve fazer parte dele”.

Experimento demonstrativo, utilizando alface,  desenvolvido pelos cursistas.

A bióloga do NUPEM Izabela Santos, atua no projeto e afirma que um diferencial deste curso é ensinar aos professores atividades experimentais e diversas técnicas, utilizando material simples, de fácil aquisição e passíveis de realização até mesmo em sala de aula, sem a necessidade de um laboratório. Esta abordagem é percebida pelo público-alvo do curso: “O curso foi muito importante para ampliar meus conhecimentos e desmistificar que precisamos de um laboratório, de muitos equipamentos, quando na verdade precisamos é inovar, incentivar, estimular, impulsionar nossos alunos na descoberta no ensino de Ciências”, relatou Carla Quintanilha da Silva, professora do ensino médio em Rio Bonito/RJ.

O curso era realizado de forma presencial nas dependências da UFRJ em Macaé. Porém, com o distanciamento social imposto pela pandemia, o curso presencial foi suspenso e o projeto se adaptou, passando a realizá-lo de forma remota.

Para a professora Elane da Silva Ribeiro, atual coordenadora do projeto, esta nova modalidade trouxe a vantagem de poder ampliar o público atendido, antes restrito a Macaé: “Na forma remota, o curso tem tido participantes de diferentes cidades, aumentando as possibilidades de trocas e compartilhamento de diferentes realidades no país.”

Essas possibilidades são observadas pelos próprios participantes, como a professora Mirley Luciene dos Santos, da Universidade Estadual de Goiás, em Anápolis:

 – Foi maravilhoso poder discutir a experimentação no ensino de Ciências com professores de várias partes do Brasil, com diferentes vivências e atuação. O curso tanto contribui para a formação de quem está iniciando na profissão quanto daqueles que já estão na docência, pois possibilita discussões teóricas articuladas a vivência prática da experimentação. Parabéns aos professores formadores pela condução do curso e das excelentes oportunidades de aprendizado! O ensino de Ciências no Brasil agradece!!!

Uma outra característica do curso destacada pela docente Flavia Mury, atuante no projeto, é contribuir para a formação dos alunos dos cursos de licenciatura da UFRJ. Segundo ela, o projeto hoje tem a participação de 12 alunos matriculados em licenciatura em Ciências Biológicas do NUPEM/UFRJ e do CEDERJ, e licenciatura em Química do Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé e do CT.

A aluna de licenciatura em Ciências Biológicas Suellem de Souza, inscrita no projeto desde 2018 e atualmente bolsista PROFAEX, afirma que sua participação no projeto e atuação como monitora no curso contribuem para sua formação no ensino de Biologia. Ela diz: “O contato com os professores cursistas me permite compreender a realidade das escolas, sobretudo do ensino de ciências e das metodologias para aprendizagem que utilizam. Esse compartilhamento tem sido muito enriquecedor.”

Experimento relacionando ionização e corrente elétrica, desenvolvido por cursista.

Já a aluna Ana Shaylla Silva Cunha, também bolsista PROFAEX e monitora do curso, ressalta que com a realização na forma remota, ela tem se dedicado a aprender e utilizar novas ferramentas e tecnologias de ensino e divulgação científica.

O professor Petter ainda destaca que este projeto é mais uma das inúmeras ações do NUPEM que promovem uma interação transformadora entre a UFRJ e a sociedade ao permitir a articulação entre ensino, pesquisa e extensão e o intercâmbio de conhecimento e práticas entre Escolas e a Universidade.

É possível perceber essa interação no relato da cursista Adriana Toledo Fernandes, professora nas redes de ensino de Campos dos Goytacazes e Quissamã:

“Os cursos realizados no NUPEM/UFRJ têm essa magia em influenciar positivamente seus cursistas e esses momentos de discussões e trocas são essenciais para que professores formados há bastante tempo mantenham-se atualizados e sensibilizados em seguir dando seu melhor. Obrigada, por esse “gás”!”

O projeto de extensão “O Ensino de Ciências pela prática da Experimentação” tem a participação dos docentes Elane da Silva Ribeiro, Flávia Borges Mury e Petter Entringer, da TAE Izabela Silva dos Santos e dos discentes Ana Shaylla Silva Cunha, Bianca Karine Aires Avelino, Gabriela Reis Lima da Rosa, Geisiane  R. L. de Medeiros Lira, Karolliny Siveira Schott, Letícia Novena Botelho da Silva, Luana Celina Coelho Acosta, Melvina M. da Silva Kasakoff, Rafael Silva Nascimento

Sandy da Silveira Alves, Suellem A. Azevedo de Souza e Thayna Pinto Ferreira Vicente.

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