Laboratório Integrado de Diversidade Biológica, Química e Molecular

apresentação

Na natureza, a principal linguagem utilizada por todos os organismos é química. Essas substâncias são produzidas e possuem diversas funções fisiológicas que, além de participarem das interações com o meio, atuam importantes sinalizadores em processos como competição, defesa, seleção de habitats e alimento. A natureza como fonte de produtos para a melhora da qualidade de vida do homem é indiscutível e mais da metade dos medicamentos utilizados atualmente são de origem natural ou inspirados nela. Na maioria das vezes, a produção desses compostos químicos é exclusivo de uma ou algumas espécies. Consequentemente, é de suma importância a identificação precisa do grupo taxonômico evolvido (muitas vezes só possível através de análises genéticas), assim como da sua biologia e interações ecológicas, que podem afetar a produção desses compostos.

Dentro desse cenário, o LIDiBiQuiM – criado em  2009, ainda com o nome de Laboratório Integrado de Química (LIQ) – desenvolve pesquisas agregando conhecimento em diferentes áreas com os objetivos de contribuir com o conhecimento da biodiversidade de ambientes aquáticos brasileiros, a descoberta e desenvolvimento de substâncias de interesse biotecnológico de origem natural e sintética (compostos de coordenação), bem como as funções ecológicas dessas substâncias. Além disso, uma parte dos estudos focam na utilização de ferramentas moleculares para a melhor compreensão de processos biológicos e ecológicos, como a caracterização da diversidade genética e conectividade populacional de invertebrados marinhos (cnidários e esponjas), e da identificação das comunidades de simbiontes associados a estes organismos.

infraestrutura

Bancadas, capelas de exaustão e equipamentos básicos como estufas, balanças analíticas, liofilizador e sistema de purificação de água. Para isolamento e caracterização das substâncias, o laboratório possui evaporadores rotativos, espectrofotômetros (UV-Vis, FTIR e Absorção Atômica), cromatógrafos (CG-FID, HPLC e CG-MS) e potenciostato/galvanostato. Para os estudos moleculares relacionados à biologia e ecologia de invertebrados marinhos, o laboratório conta com termociclador, termobloco, vórtex, centrifuga refrigerada e cuba de eletroforese.

Coordenação

Mario Sergio Schultz

Linha de pesquisa: Bioinorgânica e Biorremedição

mss060@gmail.com

http://lattes.cnpq.br/1042173348063662

Carla Zilberberg (vice)

Linha de pesquisa:  biologia e ecologia de invertebrados marinhos e seus simbiontes, com ênfase na utilização de ferramentas moleculares)

carlazilber@yahoo.com.br

http://lattes.cnpq.br/4852986852697885

https://labicni.wixsite.com/labicniufrj/corais-do-saber

PESQUISADORES

Angélica Ribeiro Soares

Linha de pesquisa: química e ecologia química de organismos aquáticos – angelica.r.soares@gmail.com

http://lattes.cnpq.br/7431101882522514

PUBLICAÇÕES SELECIONADAS

SUDATTI D; DUARTE, H. M.SOARES, ANGELICA R.; SALGADO, L. T.; AMADO FILHO, G.M.; PEREIRA, R. C. New ecological role of seaweed secondary metabolites as autotoxic and allelopathic. Frontiers in Plant Science, v. 11, p. 345, 2020.

PEREIRA, RENATO C. ; NOCCHI CARNEIRO, NATHÁLIA PEIXOTO ; DUARTE, H. M.SOARES, ANGÉLICA R. The sea-hare Aplysia brasiliana promotes induction in chemical defense in the seaweed Laurencia dendroidea and in their congeneric neighbors. Plant Physiology and Biochemistry, p. 295-303, 2020.

SOARES, ANGÉLICA R.; MURICY G ; VALVERDE, A. ; SILVA, S. M. P. ; FAGUNDES, T. S. F. ; CHAGAS, H. A. ; SANT’ANNA, R. C. S. ; AGUIAR-ALVES, F. ; PERE, R. F. A.  Avaliação da atividade antimicrobiana da esponja marinha Ectyoplasia ferox de Fernando de Noronha. Brazilian Journal of Development, v. 6, p. 41540-41548, 2020.

CAPEL, K. C. C. ; CREED, J. ; KITAHARA, M. V. ; CHEN, A.; ZILBERBERG, C. Multiple introductions and secondary dispersion of Tubastraea spp. in the Southwestern Atlantic. Scientific Reports, v. 9, p. 13978, 2019.

TESCHIMA, M. M.; GARRIDO, A. G; PARIS, A.; NUNES, F. L. D.; ZILBERBERG, C. Biogeography of the endosymbiotic dinoflagellates (Symbiodiniaceae) community associated with the brooding coral Favia gravida in the Atlantic Ocean. PLoS One, v. 1, p. 1-18, 2019.

PELUSO, L.; TASCHERI, V.; NUNES, F. L. D.; CASTRO, C.B.; PIRES, D. O.; ZILBERBERG, C.  Contemporary and historical oceanographic processes explain genetic connectivity in a Southwestern Atlantic coral. Scientific Reports, v. 8, p. 1, 2018.

VELOZO-SA, VIVIANNE S.; OLIVEIRA, REGINA M.M.; LEITE, CELISNOLIA M.; COMINETTI, MARCIA R.; BARBOSA, ISABELY M.M.; SILVA, FABRÍCIO L.S.; MARTINS FEITOSA, NATÁLIA; SCHULTZ, MARIO S.; BATISTA, ALZIR A. Scavenging capacity and cytotoxicity of new Ru(II)-diphosphine/α-amino acid complexes. Polyhedron, v. 201, p. 115169, 2021.

OLIVEIRA, KATIA M.; HONORATO, JOÃO; DEMIDOFF, FELIPE C.; SCHULTZ, MARIO S.; NETTO, CHAQUIP D.; COMINETTI, MARCIA R.; CORREA, RODRIGO S.; BATISTA, ALZIR A. Lapachol and lawsone in the design of new ruthenium(II)-diphosphine complexes as promising anticancer metallodrugs. Journal of Inorganic Biochemistry, v. 00, p. 111289, 2020.

DOS SANTOS, EDJANE R; GRAMINHA, ANGELICA E.; SCHULTZ, MARIO S.; CORREIA, ISABEL; SELISTRE-DE-ARAÚJO, HELOISA S.; CORRÊA, RODRIGO S.; ELLENA, JAVIER; LACERDA, ELISÂNGELA DE PAULA S.; PESSOA, JOÃO COSTA; BATISTA, ALZIR A. Cytotoxic activity and structural features of Ru(II)/phosphine/amino acid complexes. Journal of Inorganic Biochemistry, v. 182, p. 48-60, 2018.

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NUPEM/UFRJ  – Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade