Cuidar de um paciente com Doença de Alzheimer traduz-se em um desafio diário que envolve diversos aspectos práticos ligados à rotina do indivíduo. Observa-se a perda gradativa de funções orgânicas e executivas, o que inclui frequentemente a mudança do padrão de ingestão alimentar, juntamente com alteração de comportamento.

Estas modificações ligadas à alimentação não ocorrem desde o diagnóstico ou nos primeiros anos de progressão da doença, mas principalmente na fase moderada, juntamente com outros sinais e sintomas. O paciente pode aumentar ou diminuir seu consumo de alimentos, o que demanda abordagens diferentes e orientações nutricionais específicas a cada caso, seja no manejo de quadros de sobrepeso, obesidade e início de alterações metabólicas importantes ou risco nutricional associado à desnutrição e precipitação de sarcopenia e fragilidade.

Diante disto, faz-se imprescindível a consulta a um profissional nutricionista, que realizará a avaliação do estado nutricional do paciente, quantificará este consumo alimentar e irá propor estratégias adequadas à exequibilidade da família e paciente. Entretanto, há pouco material elaborado sobre preparações dietéticas direcionadas à esta população, bem como, lacunas no conhecimento dos profissionais de saúde que lidam com idosos demenciados sobre os finger foods, estratégia nutricional que merece destaque no âmbito da alimentação dos pacientes com Doença de Alzheimer.