O grupo de pesquisa associado ao Projeto Iurukuá publicou um importante artigo sobre a importância do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba como sítio de desova para a tartaruga cabeçuda, Caretta caretta. Áreas protegidas representam importantes refúgios para diversas espécies da fauna, amenizando os impactos antrópicos e disponibilizando recursos alimentares e sítios reprodutivos. Neste estudo foi analisado o padrão de encalhes de tartarugas marinhas e a importância da maior área protegida de restinga do Brasil, o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Rio de Janeiro, Brasil, como potencial sítio de desova para Caretta caretta. Foram registrados, por monitoramento direto nas praias, um total de 352 encalhes entre outubro de 2017 a setembro de 2020. A espécie com maior registro de encalhes foi a tartaruga verde, Chelonia mydas. Foram registrados 223 desovas da tartaruga cabeçuda, sendo a maioria entre novembro e dezembro. Segundo um dos autores, o mestrando em Biodiversidade Neotropical pela UNIRIO, Caio Henrique Cutrim: “A ocorrência de desova na área do Parque demonstra sua importância para a conservação de tartarugas marinhas, já que a ausência de urbanização reduz impactos antropogênicos como sobrepesca, coleta de ovos, atropelamentos e iluminação artificial, o que favorece que estes animais completem o seu ciclo de vida”.
Os resultados apontam a importância de intensificar estudos sobre as causas dos encalhes e da disseminação de medidas que possam amenizar os impactos em toda dinâmica do ecossistema marinho.
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