Pesquisadora do NUPEM/UFRJ publica artigo sobre a história e relevância da vacinação para a saúde humana no Boletim Ciência Macaé (BCM)

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A Secretaria Municipal de Educação acaba de lançar a sua primeira edição do ano de 2022 do Boletim Ciência Macaé. Esta edição apresenta artigos originais, notas técnicas, estudo de caso, entrevistas, memorial sobre a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé, material suplementar sobre educação inclusiva e um artigo convidado. 

Segundo a Profa. Dra Scheila Ribeiro de Abreu e Silva – coordenadora do Observatório de Macaé –  “o Boletim Ciência Macaé (BCM) traz nesta edição, um importante artigo sobre a história da vacina e da vacinação, em especial, no nosso país. Diante de um cenário de pandemia, que traz desafios tão imensos para a sociedade como um todo, informar, através de estudos balizados na Ciência é de suma importância. O BCM segue cumprindo seu papel fundamental, que é comunicar para a sociedade, a produção do conhecimento científico produzido na cidade e região”.

O artigo convidado  intitulado “VACINAÇÃO: SUA HISTÓRIA E RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE HUMANA”, tem a autoria da Dra. Magdalena N. Rennó, professora do Instituto de Biodiversidade (NUPEM/UFRJ) e do Dr. Áureo L. Guérios, professor da Academia Médica, e o assunto do manuscrito trata os seguintes temas: história das vacinas, importância da vacinação para a saúde humana, informações que marcaram a história das vacinas,  políticas de distribuição e regulamentação no Brasil, vacinas que atualmente estão sendo utilizadas no combate a pandemia da COVID-19, assim como, os problemas que são gerados pelas notícias falsas e pelo movimento antivacina.

As vacinas são medicamentos imunobiológicos que proporcionam a erradicação, o controle e a prevenção de infecções e doenças.

O artigo trata dos benefícios globais da vacinação e também da sua influência na diminuição da morbimortalidade de diversas infecções, inclusive a sua importância na erradicação de doenças, como por exemplo, no caso da varíola. É importante ressaltar que atualmente cerca de 2,5 milhões de mortes, por ano, são prevenidas pela vacinação de mais de 100 milhões de crianças.

No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações modificou de forma significativa o perfil epidemiológico das doenças com cobertura vacinal, resultando na erradicação de doenças e evitando muitas mortes. Além de ser a melhor forma de prevenção contra infecções, a vacinação também contribui na redução de gastos com a saúde pública, na medida em que protege idosos, crianças e gestantes quanto às complicações e agravamento de doenças. O artigo trata também sobre as vacinas que têm sido usadas na pandemia e que foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é a agência regulatória de medicamentos no Brasil. 

Atualmente é de suma importância divulgar a proteção oferecida pelas vacinas, principalmente pela atual situação em que o negacionismo científico e a propagação de notícias falsas, as ditas fakes news, interferem diretamente na efetividade de uma ampla cobertura vacinal em nosso país e no mundo. Recentemente, no Brasil a Anvisa aprovou o uso emergencial de vacinas contra a COVID-19, para crianças e adolescentes, na faixa etária de 6 a 17 anos, e a partir de janeiro deste ano as crianças entraram na pasta de vacinação contra a COVID-19. No entanto, mesmo com a recomendação, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para a vacinação contra a COVID-19 em crianças de 5 a 11 anos, muitas notícias falsas circulam pelas redes sociais e internet, confundindo os pais e responsáveis, causando medo e desconfiança com relação a eficácia da vacina entre outros problemas, podendo desta forma impactar a cobertura vacinal no país.

Temos enfrentado diversos problemas de saúde pública frente à pandemia do novo coronavírus SARS-Cov-2 e a forma de minimizar essa problemática, além do cumprimento das medidas sanitárias, que envolvem o distanciamento social  evitando-se aglomerações, uso de máscaras efetivas e da forma correta, higienização das mãos com lavagem e/ou uso de álcool a 70 %, entre outras medidas, tem-se a vacinação como uma poderosa estratégia para minimizar as situações de gravidade, mortes e sequelas pela COVID-19.

Finalmente, a vacinação compõe as ações da Atenção Primária à Saúde, que oferta um conjunto de estratégias e ações, de forma coletiva e individual, para a promoção da saúde, prevenção das doenças e agravos, assim como, para a qualidade de vida. O Brasil é um dos países com a maior cobertura vacinal, e atualmente através do PNI, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta 45 diferentes imunobiológicos para todas as pessoas e de faixas etárias. No entanto, nos últimos anos a cobertura vacinal tem diminuído e isso é uma situação que pode causar um problema de Saúde Pública. Portanto, é importante a imunização para aquelas infecções e doenças que possuem vacina. Para leitura do artigo na íntegra, basta acessar o link da edição atual do Boletim Ciência Macaé (https://macae.rj.gov.br/bcm/conteudo/titulo/edicao-atual).

Dra. Magdalena N. Rennó

Doutora em Ciências em Química pelo Instituto Militar de Engenharia. Professora Associada do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM/UFRJ) da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Dr. Áureo Lustosa Guérios

Doutor em Humanidades Médicas pela Universidade de Pádua, Itália. Professor de Humanidades Médicas e História da Saúde na Academia Médica.

Foto de capa: Artur Moês (Coordcom/UFRJ)